segunda-feira, 2 de abril de 2012

O caminho de Cristo (segunda-feira Santa)


Entramos na Semana Santa. Um período muito importante para muitos povos. Na era pré-cristã, a entrada da primavera (no hemisfério norte), era muito festejada. Significava a vida superando a morte. Depois de um inverno rigoroso, quem sobrevivia era vitorioso. Depois, nesse mesmo período, um homem chamado Moiséis libertou o povo hebreu da escravidão. Daí estabeleceu-se a Páscoa, que significa passagem. Novamente a vida supera a morte, a transformação e o estado germinal se estabelece. Depois de muitos séculos, essa data torna-se novamente um marco, mais uma vez, a vida que supera a morte, sucede-se outra transformação no padrão conscencial da humanidade e uma nova era se inicia: a era do Amor, não mais o olho por olho, dente por dente. Durante esta semana estarei postando os passos mais importantes do caminho de Cristo e de sua grande transformação. 

A segunda-feira contém um acontecimento simples e grandioso. Cristo caminha com os outros apóstolos no campo, sente fome e vai em direção a uma figueira, uma árvore simbolicamente usada nos rituais iniciáticos. A árvore não tem frutos. Ele declara que, como a figueira só vale quando dá frutos , assim o ser humano deve ser julgado pelas obras que produz, em outras palavras, a partir daquela época, pouco importa para a humanidade o conhecimento que carrega consigo mas o que é capaz de realizar para os outros. Não adianta eu guardar para mim é necessário expandir para os outros.  É a abertura da época do Amor.
Neste dia devemos olhar para dentro de nós e questionarmos se dividimos com os outros a abundância que temos ou se a mantemos estocada para alimentar a nós mesmos e a nossos familiares.
Pouco importam as explicações do porquê a figueira não tinha frutos, nem das razões objetivas para cuidarmos apenas dos nossos. Na balança do julgamento só pesa a ação real em prol do próximo. O juizo final não é um julgamento de Deus, mas de nós mesmos em cada momento. Quando não produzimos o que podíamos, já estamos nos julgando.

Texto extraído do livro de Evelyn Scheven: 
O caminho de Cristo. O resgate da magia das festas cristãs.

Motivada por esta passagem, hoje no nosso encantado jardim o outro era mais importante. Tínhamos que ser gentil com o outro.

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